Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

POEMA: TARSILA DO AMARAL

POEMA: TARSILA DO AMARAL

                                          Autoria: Profª Silvania Galdino

TEMOS UM OBJETIVO
EM AQUI APRESENTAR
É SOBRE TARSILA DO AMARAL
QUE QUEREMOS LHE FALAR.

SUA MÃE CHAMAVA-SE LÍDIA
SEU PAI JOSÉ ESTANISLAU,
E DO AMOR DELES DOIS
NASCEU TARSILA DO AMARAL.

O PINCEL FOI SEU PRIMEIRO BRINQUEDO
E QUANDO APRENDEU A BRINCAR
UM CORAÇÃO VERMELHO NA PAREDE
ELE FOI LIGO PINTAR.

NA FAZENDA ONDE NASCEU
CRESCEU COMENTO MUITAS FRUTAS,
BEBENDO LEITE DAS VACAS
E OUVINDO AS HISTÓRIAS DA CUCA.

O TEMPO FAZIA TARSILA CRESCER,
TINHA VONTADE DE CONHECER O MUNDO
E DE SEU TAMANHO SER.

COM MUITA CURIOSIDADE,
OLHAVA COM ADMIRAÇÃO
OS SANTINHOS DE PAPEL
QUE TRAZIAM ORAÇÃO.

MENINA MUITO LEVADA
CORRIA ATRÁS DAS GALINHAS,
SALTAVA SOBRE GRANDES PEDRAS,
SUBIA EM ARVORES
E BRINCAVA COM BONECAS.
FEITAS DE MATO
QUE ELE MESMA FAZIA.

DE TODOS OS ANIMAIS,
OS GATOS ERAM OS SEUS PREFERIDOS
QUERIA ESTAR SEMPRE COM ELES
TAMBÉM ERAM SEUS AMIGOS.

TARSILA NUNCA ESQUECEU
O TEMPO DE SUA INFÂNCIA
EM SUA OBRAS SEMPRE APARECEM
ESSAS FELIZES LEMBRANÇAS.

EM A CUCA FLORESTA E BICHOS,
EM A NEGRA, A AMA DE LEITE,
A BONECA, O TOURO, A LUA,
ESTAVAM REPRESENTANDO
UMA TERRA QUE ERA SUA.

VIVEU FORA DO BRASIL,
VIAJOU PARA A EUROPA,
FEZ AMIGOS IMPORTANTES
E APERFEIÇOOU SUA OBRA.

COM FORMAS QUASE GEOMÉTRICAS,
COM LINHAS CURVAS E RETAS
RETRATOU A ALEGRIA
DO CARNAVAL CARIOCA DAQUELA ÉPOCA.

UM DE SEUS QUADROS MAIS FAMOSOS
CHAMA-SE ABAPORU,
É UMA FIGURA ESTRANHA
O HOMEM QUE COME CARNE HUMANA.

COM AS QUESTÕES SOCIAIS
SEMPRE SE PREOCUPOU
E PARA UM BRASIL MELHOR
COM SEUS AMIGOS LUTOU
E A TELA OPERÁRIOS
FOI TAMBÉM ELA QUE PINTOU.

SUA OBRA É MUITO RICA
RETRATOU A NOSSA TERRA E A NOSSA GENTE
E NA SIMPLICIDADE DAS FIGURAS
DEIXOU-NOS A MARCA BRASILEIRA DE SUA
PINTURA.


sábado, 3 de janeiro de 2015

POEMA: Nordestino sim, Nordestinado não - Patativa do Assaré

POEMA: Nordestino sim, Nordestinado não
                                                                       Patativa do Assaré

Nunca diga nordestino
Que Deus lhe deu um destino
Causador do padecer
Nunca diga que é pecado
Que lhe deixa fracassado
Sem condições de viver

Não guarde no pensamento
Que estamos no sofrimento
E pagando o que devemos
A Providência Divina
Não nos deu a triste sina
De sofrer o que sofremos

Deus o autor da criação
Nos dotou com a razão
Bem livres de preconceitos
Mas os ingratos da terra
Com opressão e com guerra
Negam os nossos direitos

Não é Deus que nos castiga
Nem a seca que obriga
Sofrermos dura sentença
Não somos nordestinados
Nós somos injustiçados
Tratados com indiferença

Sofremos em nossa vida
Uma batalha renhida
Do irmão contra o irmão
Nós somos injustiçados
Nordestinos explorados
Mas nordestinados não

Há muita gente que chora
Vagando pela estrada afora
Sem terra, sem lar, sem pão
Crianças esfarrapadas
Famintas, escaveiradas
Morrendo de inanição

Sofre o neto, o filho e o pai
Para onde o pobre vai
Sempre encontra o mesmo mal
Esta miséria campeia
Desde a cidade à aldeia
 Do Sertão à capital

Aqueles pobres mendigos
Vão à procura de abrigos
Cheios de necessidade
Nesta miséria tamanha
Se acabaram na terra estranha
Sofrendo fome e saudade

Mas é o Pai Celeste
Que faz sair do Nordeste
Legiões de retirantes
Os grandes martírios seus
Não é permissão de Deus
É culpa dos governantes

Já sabemos muito bem
De onde nasce e de onde vem
A raiz do grande mal
Vem da situação crítica
Desigualdade política
Econômica e social

Somente a fraternidade
Nos traz a felicidade
Precisamos dar as mãos
Para que vaidade e orgulho
Guerra, questão e barulho
Dos irmãos contra os irmãos

Jesus Cristo, o Salvador
Pregou a paz e o amor
Na santa doutrina sua
O direito do banqueiro
É o direito do trapeiro
Que apanha os trapos da rua

Uma vez que o conformismo
Faz crescer o egoísmo
E a injustiça aumentar
Em favor do bem comum
É deve de cada um
Pelos direitos lutar

Por isso vamos lutar
Nós vamos reivindicar
O direito e a liberdade
Procurando em cada irmão
Justiça, paz e união
Amor e fraternidade

Somente o amor é capaz
E dentro de um país faz
Um só povo bem unido
Um povo que gozará
Porque assim já não há
Opressor nem oprimido.á
Opressor nem oprimido.



PRODUÇÃO DE TEXTO: O MEU BAIRRO

PRODUÇÃO DE TEXTO: O MEU BAIRRO

CONTEXTUALIZAÇÃO

Esta produção textual foi elaborada a partir de leituras dos textos produzidos pelos alunos de EJA no 4º Caderno de Produções Coletivas. Foram escolhidos pela professora aqueles que possibilitassem por meio da leitura, o desenvolvimento dos alunos quanto ao senso crítico sobre a realidade do bairro em que moram.
Na tentativa de superar conceitos do senso comum presentes na primeira versão do texto, a professora realizou um trabalho de reescrita coletiva, enriquecendo-o com outras leituras, inclusive, com relatos das experiências de mobilizações de bairros.
Assim, os alunos foram compreendendo que as modificações de sua comunidade dependem da organização coletiva da população, a qual servirá de mecanismo na mudança do destino de todos, tornando-os autores da sua própria história e não apenas seus expectadores.

Produção textual: O MEU BAIRRO

“Eu moro no Clima Bom há 12 anos. Quando vim morar aqui no Clima bom, era bem melhor, em parte, porque tinha menos violência e não tinha tanto bandido quanto hoje.
Com o tempo, a população foi aumentando e o Clima Bom foi se tornando em uma pequena cidade com: lojas, posto de saúde, mais escolas, armarinhos e outros pontos comerciais. Também foram construídos conjuntos residenciais como: Rosane Collor, Osman Loureiro, Colibri e Luiz Pedro II, onde fica a escola em que estudamos.
Portanto, precisamos nos reunir para lutar pelos nossos direitos de cidadãos, como, por exemplo: policiamento, saneamento básico, água tratada, transporte, educação para nossas crianças e uma melhor qualidade de vida para todos. Assim, valeria o nome de nosso bairro: Clima Bom”.

Vanúzia da Silva, 25 anos, 2ª Fase
Profª Marli Santana
Escola de Ensino Fundamental Luiz Pedro da Silva II
Bairro: Clima  Bom


REFLETINDO SOBRE O TEXTO


1-      Quais os sinais de progresso estão presentes em seu bairro?

2-      Aponte os maiores problemas enfrentados em sua comunidade?


3-      Na sua opinião, quais as mobilizações que poderiam se realizadas para superar os problemas que você indicou no item 2?

4-      Uma das dificuldades salientada pela autora do texto em seu bairro é a violência. Para você, quais as causas da violência?



5-      Depende de quem a superação da dificuldade apontada na questão anterior?



Fonte: V Caderno de Produções Coletivas – Educação de Jovens e Adultos – Semed – Maceió - 2003

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

FÁBULA DO CURRÍCULO DE ATIVIDADES

FÁBULA DO CURRÍCULO DE ATIVIDADES

Certa vez, os animais decidiram fazer alguma coisa para resolver os problemas do “novo mundo”, e assim organizaram uma escola.  Adotaram um currículo de atividades: corrida, natação, escalada e vôo. Para facilitar a administração, os animais matricularam-se em todas as disciplinas.
O pato era excelente estudante em natação, de fato, o melhor que o próprio instrutor, mas recebia notas apenas suficientes para aprovação em vôo e fracas em corrida. Sendo muito fraco em corrida, ele tinha que permanecer na escola depois das aulas e  até deixou a natação para praticar corrida.
Continuou nesse passo até que suas patas ficaram bastante feridas e por isso tornou-se apenas razoável em natação. Mas razoável era um grau mais aceitável na escola e ninguém se incomodou com o caso, a não ser o pato.
O coelho começou em primeiro lugar nas aulas de corrida, mas teve um colapso nervoso a tanto trabalho em natação.
O esquilo era excelente em escalar, mas desenvolveu uma frustração nas aulas de vôo, porque seu professor fez que começasse do chão para o alto, em vez de começar de cima da árvore para o chão. Desenvolveu também câimbras devido super-exercício e então tirou um C em escalada e um D em corrida.
A águia era uma criança-problema e foi disciplinada severamente. Nas aulas de subida em árvore, ela ganhava de todos, mas insistia em usar seus próprios métodos para chegar lá.
No final do ano letivo, uma enguia anormal que poderia nadar muito bem e também correr, escalar e voar um pouco, teve o grau mais elevado e foi a oradora da turma.


Dr. G. H. Reavis

(Tradução do Prof. Nélio Parra, da FUSP)

FÁBULA PARA RELEXÃO PEDAGÓGICA : As duas rãs

FÁBULA PARA RELEXÃO PEDAGÓGICA : As duas rãs

Autor desconhecido

Era uma vez duas rãs que caíram num tacho de creme.  A primeira rã, ao ver que aquele líquido branco não dava pé, aceitou seu destino e se afogou.
A segunda rã não gostou da perspectiva. Ficou se debatendo no creme e fez o que pode para ficar `a tona. Passando algum tempo, aquela agitação toda fez o creme virar manteiga e ela conseguiu pular do tacho.
Que lições podemos tirar desta história?
Nós podemos modificar as condições que nos rodeiam. O ser humano, há milhares de anos, vem transformando o meio ambiente ao interferir na natureza para procurar melhorar as suas próprias condições de vida. Com esforço, determinação, persistência e decisão de lutar pelo que deseja, é possível também construir uma escola de qualidade, desde quando saibamos o que queremos e onde desejamos chegar.

E você, o que acha? Com a experiência e visão de mundo que tem, certamente enxergará outros aspectos que não estão contemplados no comentário anterior.