Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

sábado, 6 de setembro de 2014

JOGO TRAVESSIA DO RIO

Escola Municipal Dom Miguel Fenelon Câmara
1º ANO “A” e “B” - 2014
PROFESSORAS: Marli Santana  e Silvania Maria Galdino

JOGO TRAVESSIA DO RIO
 OBJETIVOS:
Utilizar estratégias de cálculo mental e estimativa.
Associar a denominação do número a sua respectiva representação simbólica.

PROCEDIMENTOS:
 Leitura compartilhada: “E o dente ainda doía” de Ana Terra.
Apresentação do jogo.
Apresentação e leitura das regras do jogo (Jogos na Alfabetização Matemática, pg. 41)
Distribuição do material e realização do jogo em duplas.
Socialização dos resultados:
Todos conseguiram atravessar?
Foi fácil atravessar todos os números? Por quê?
Quem colocou a ficha no nº 1? Conseguiu atravessar? Por quê?
Qual a melhor forma de distribuir as fichas no tabuleiro? Ocupando todas as casas ou apenas algumas? Por quê?

DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA CONTEMPLADOS

Utilizar diferentes estratégias para quantificar e comunicar quantidades de elementos de uma coleção, utilizando a linguagem oral,... Nas brincadeiras em situações nas quais as crianças reconheçam sua necessidade: contagem oral, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamento.
Associar a denominação do número a sua respectiva representação simbólica.

RELATO SOBRE O JOGO TRAVESSIA DO RIO

1º ano A – Profª Marli e 1º ano B - Profª Silvania

Cada turma é composta de 14 alunos dividida em quatro mesas.
No dia que a turma A realizou a atividade estava com 10 alunos. Foram organizadas as duplas e cada dupla recebeu as orientações. Os alunos estavam com grande expectativa.
 A primeira situação a notar era que não era viável usar um copo com tampa contendo os dois dados, pois, os alunos tinham a necessidade de tocar em cada pontinho para fazer a soma. Percebe-se que o concreto está bem presente em todos os alunos. A segunda situação era que uma dupla buscava uma estratégia diferente,ou seja, observava onde eram colocadas as fichas do adversário e colocavam diferentes, como se isto dificultasse o jogo do outro.
Apenas um aluno não preencheu a casa um na primeira rodada do jogo, porém percebe-se que foi por acaso. È interessante relatar que a primeira dupla a “terminar” o jogo, uma das participantes disse:
___Tia, eu já ganhei.
Quando olhei as duas alunas tinham atravessado todas as suas para o outro lado do rio, mas continuavam com fichas na casa 1. Nisto perguntei:
___ E estas na casa um?
___ Ah, é só um restinho!! – falou balançando uma das mãos.
___ Vamos continuar o jogo? Por que será que vocês não acertaram a casa um? Vejam para acertar a casa 2 como os dados ficaram?
Elas colocaram dados posicionados: 1+1.
Neste momento chega a Silvania na sala e observa a situação e pergunta:
___ Então, o que deve fazer para chegar o 1?
___ Só se ficar um dado, um para mim e outro para ela.
___ Mas assim, não pode. Vocês têm que pensar mais um pouco.
Logo depois começou o recreio. Ao retornarmos do recreio retomamos coletivamente uma vez que todos estavam na mesma situação. E daí chegaram a conclusão que se poderia fechar o jogo com a organização das fichas no início sem preencher a casa 1.
Fizemos coletivamente as regras do jogo, tendo a professora como copista e os alunos registraram no caderno. Combinamos em outro dia jogarmos novamente.
No dia em que a turma B realizou o jogo estavam presentes 12 alunos. Primeiramente o jogo foi apresentado na roda a toda turma com suas respectivas regras, em seguida foram organizadas as duplas e cada dupla recebeu as orientações. Os alunos estavam ansiosos para começar a jogar.
Todos os alunos distribuíram as fichas em todas as casas.
No desenvolvimento do jogo foi possível observar que os alunos não percebem a sequência numérica, pois procuravam o resultado sem observar a ordem no tabuleiro; não percebiam que cada resultado só poderia ser atravessado uma única vez se só tivesse uma ficha no número, pois ficavam procurando a ficha do número que já tinha sido atravessado.
Quando só ficou ficha na casa 1, cada grupo reagiu de uma forma diferente:
Um grupo colocou todas as fichas de volta as casas para reiniciar o jogo achando que já tinha terminado. Quando questionei o porquê eles falaram que não dava para sair o número 1 só se cada dupla ficasse com um dado. Retomei a regra da distribuição das cartas e eles sugeriram jogar novamente sem colocar fichas no número 1. (este grupo conseguiu concluir a segunda rodada)
No segundo grupo, uma dupla tirou 1 em um dado e 4 no outro, imediatamente escondeu o dado em que tinha tirado o quatro e deixou o outro para poder atravessar. Então, retomei a regra da distribuição das cartas e sugeri que recomeçassem, eles fizeram, mas não conseguiram concluir.
No terceiro grupo, na mesma situação de atravessar a ficha da casa 1, um aluno perguntou: “só pode ser 1 a 1 é?”. Então peguei os dois dados e coloquei a quantidade 1 nos dois e perguntei quanto ficava, eles disseram que era 2 e então não podia atravessar. Mais uma vez retomei a regra de distribuição das cartas para que eles pudessem jogar novamente. Este grupo também não conseguiu concluir.

É uma turma muito inquieta com um tempo de concentração muito curto acredito que este pode ter sido um dos motivos pelos quais eles não conseguiram concluir o jogo, eles perdem o interesse muito rápido pelas atividades e este jogo exige mais tempo do que eles conseguem se concentrar nesse momento.