Sequencia didática - Tarsila do Amaral

Sequencia didática - Tarsila do Amaral
SEQUENCIA DIDÁTICA TARSILA DO AMARAL -Releitura - 2010

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Produtos e objetos do Portal do Professor (Retrospectiva)

Após navegar alguns sites, links e consequentemente ver entrevistas, vídeos, depoimentos,entre outros percebi que as possibilidades de recursos são realmente ilimitados, pois, talvez não seja possível aplicar as atividades “ao pé da letra”, no entanto, tornam-se sugestões para atuais ou futuras adaptações. Eu me detive ao Portal do Professor por considerá-lo mais objetivo para a nossa prática, principalmente os links Espaço da Aula e Recursos Educacionais.
Acredito com estes instrumentos possamos lançar desafios e bem como condições de mediar o avanço da aprendizagem de nossos alunos como define o Profº Lucas Ciavatta: “Não nos esqueçamos de que todos os nossos estudantes estão sempre dispostos a vencer um desafio, desde que entendam que vale a pena vencer este desafio e desde que tenham a certeza de que possuem e sabem usar as ferramentas necessárias para vencê-lo.”
Ao analisar as atividades no Portal do Professor, no link Recursos Educacionais, entre várias propostas gostei sobre Alfabetização; Formas de organização dos conteúdos, o qual está em. A partir do vídeo proposto, é possível analisar a ambigüidade das palavras e a necessidade de clareza ao escrever. Também pode ser um ponto de partida ao estudar o jornal como portador de texto.
Outro link deste portal é o Espaço da Aula. Ele contempla atividades que considerei bem práticas, que tem como foco a ortografia em Língua Portuguesa, entretanto, pode ser explorada em Sociedade e Cultura, Ética e até Ensino Religioso, pois tem o tema “Felicidade”e dessa forma, é possível destacar valores necessários em nossa sociedade. Pode ser aplicada nas séries iniciais ou ser de ponto de partida para outras séries. Cita dois filmes, um livro infantil e quatro músicas de nosso repertório nacional, os quais o professor poderá ou não aplicá-los.
Gostei de duas atividades neste link que procurarei aplicá-las: uma sobre Arte, sobre Van Gog, biografia e uma releitura de uma de suas obras e outra sobre o Lixo e Cidadania, que apresenta um vídeo excelente que pode ser abordado temas como a reciclagem, Meio Ambiente, Cidadania, entre outros.


Trabalho temático: Ortografia ( Professoras Eliziane e Marli)


Diante de nossa necessidade de sistematizar a aprendizagem, no caso, na área de Língua Portuguesa, especificamente a Ortografia, nos detemos na atividade Feliz felicidade, visto que almejamos que nossos alunos escrevam segundo as regras normativas de nosso idioma.
A partir do vídeo é possível despertar o lúdico próprio da criança, e daí, proporcionar a reflexão das regras gramaticais. Além disso, por ser um tema transversal potencializa trabalhar outras áreas do conhecimento, tais como: Sociedade e Cultura, Ética e Ensino Religioso.
Na sala de aula o professor deve pensar no aluno não por partes, mas como um todo, ou seja, um indivíduo com necessidades ímpares e que talvez apenas na escola venha a atender a uma delas. È apenas no espaço escolar que muitos contemplem o mundo com um outro olhar com criticidade aos acontecimentos ao seu redor. Bem como, é neste ambiente que por um lado, são discutidos ou questionados os valores que são estimulados neste sistema consumista, e por outro lado, são revistos ou priorizados quais os valores que são essenciais para a vida de um ser humano.


ATIVIDADES

1ª aula
Trabalho em grupo. Recorte de gravuras de:
  • pessoas em situações que podem ser consideradas felizes.
  • ambientes ou lugares que podem apresentar condições que podem proporcionar felicidade.
Socialização. Produção coletiva do mural em sala de aula.
2ª aula
Video “Feliz, felicidade”. TV escola. Realizar o ditado ortográfico proposto no vídeo. Estudar exemplos de palavras homônimas. Uso do dicionário.

3ª aula
Ouvir e ler as letras das músicas: “Felicidade” –  Fábio Junior e “O que é, o que é”- Gonzaguinha. Destacar quais as concepções de felicidade são destacadas nas duas músicas: amor romântico, possuir os itens básicos de sobrevivência, estado de espírito temporário, entre outros. Trabalho em dupla ou trio. Produção do texto: O que é felicidade? É possível alcançá-la? Texto manuscrito. (primeira elaboração).

4ª aula
Laboratório de informática. Digitação do texto produzido na aula anterior. Criação de uma pasta no microcomputador.

5ª aula
Assistir o filme “Em busca da felicidade”. Destacar para os alunos alguns questionamentos antes do filme: Que valores positivos ou negativos os personagens queriam alcançar? Quais desafios encontraram? Alcançaram seus objetivos? Existe uma relação do filme com a nossa realidade?
Ao término do filme socialização retomando os questionamentos iniciais. Produção de texto em dupla ou em trio. Tema: O que aprendemos do filme “Em busca da felicidade?” Que lições deixaram para nós? Texto manuscrito.

6ª aula
Laboratório de informática. Digitação da última produção de texto, reelaborando o texto arquivado na pasta da equipe. Pontos a serem refletidos nesta reelaboração: Quais os conceitos de felicidade para as pessoas? O que é felicidade para o grupo?
Socialização das produções. Após a leitura dos textos finais as equipes irão fazer uma ponte com o mural produzido pela turma no início deste projeto concordando ou não com o que foi exposto.



AVALIAÇÃO

No decorrer deste projeto serão avaliadas competências tais como: oralidade, criatividade, trabalho em equipe, organização e produção de texto, criticidade e até que ponto houve um avanço do conceito inicial sobre os valores propagado em nossa sociedade.




Pontos positivos e negativos do projeto Bairros de Maceió - Escola Estadual Rosalvo Ribeiro

A atividade Projeto Bairros de Maceió realizada na Escola Estadual Rosalvo Ribeiro com o 4º ano A e 5º ano A foi bem enriquecedora por um lado para nós como profissionais na Educação, pois deu margem a buscar alternativas diante das adversidades, e por outro lado aos alunos por proporcionar mecanismos de aprendizagens diferenciados, apesar de serem limitados em alguns aspectos.
No entanto, acreditamos que despertamos a curiosidade dos alunos ao observar ao seu redor marcas do passado, quer que sejam nas construções em detalhes em sua arquitetura quer nos depoimentos da geração mais antiga que viveu esta história. Dessa forma, desenvolver um outra escuta ao ouvir relatos do passado da geração mais velha, e bem como outro olhar sobre o que resta em seu meio como marcas da nossa história. Sabemos que não foram desenvolvidas plenamente estas habilidades, mas foi “um ponta pé” inicial destas competências que devem ser utilizadas no seu cotidiano e também em sua vida acadêmica.
Outro aspecto que acreditamos que eles entenderam é que o passado está presente nos dias atuais e que em alguns anos nós faremos parte do passado. O que admiramos ou estranhamos hoje nos elementos do passado, amanhã, ou seja, anos à frente também serão analisados da mesma forma. Isto foi bem destacado na fala da professora que apresentou os slides e cartões postais de Maceió antigo e que ao socializarmos os trabalhos este tema veio à tona por parte dos alunos.
Percebemos que ao término deste projeto houve vários pontos positivos. Por exemplo, aqueles alunos que não usam a informática em seu dia-a-dia ficaram motivados a fazer uso deste instrumento. O trabalho em grupo foi outro mecanismo que proporcionou uma maior integração dos alunos, até aqueles que eram dispersos se envolveram bem. Este tipo de atividade é importante, pois permite aos alunos a aprender e a aceitar as diferenças, a compartilhar idéias e opiniões, habilidades estas que são necessárias ao viver em uma comunidade. Outro aspecto foi à socialização dos trabalhos que abriu espaço para desenvolver a oralidade, ou seja, a se expressar em público, competência esta necessária tanto na escola quanto em outras áreas de nossa sociedade.
Uma das dificuldades encontradas neste trabalho foi o tempo curto para explorarmos o projeto, devido à greve da rede de ensino estadual e em conseqüência o acúmulo de atividades a cumprir. Outro obstáculo foi o de não conseguirmos conduzir nossos alunos no laboratório de informática, uma vez que não foi instalada a Internet contornamos esta situação por sugerirmos pesquisarem na Lan House, o que eles fizeram prontamente, que por fim vimos como algo positivo.
Por fim, o trabalho coletivo entre profissionais foi um intercâmbio muito bom, pois houve a troca de experiências, o encorajamento diante das dificuldades que percorremos no caminho deste trabalho. Com certeza estas situações estreitaram a nossa amizade e o nosso companheirismo que vão além do nosso local de trabalho e entram na nossa vida pessoal.

Mídias e tecnologias no cotidiano e na formação de professores escolares. (Retrospectiva de uma pesquisa reflexiva)

O homem na sua busca de melhor adequação ao seu meio desenvolveu técnicas para aproveitar melhor os elementos da natureza, tais como a argila, metais, a água, o fogo, entre outros. À medida que os povos se interagiam novas técnicas eram conhecidas ou aprimoradas para melhor conviver com as suas adversidades.
Atualmente desconsideram-se técnicas, como a roda, o papel, os quais já foram absorvidas no cotidiano e se fixa, por exemplo, na tecnologia na área da medicina, aeronáutica, informática, entre outros. No entanto, todos estes são passos importantes para a humanidade, pois é o conhecimento tecnológico acumulado no decorrer da história.
Este conhecimento tem sido muitas vezes divulgado pela mídia, seja por meio de comunicação em massa (jornais, televisão, rádio, cinema) ou hiper mídia (TV interativa, internet, CD ROM). Entretanto, faz-se necessário ser criterioso ao analisar as fontes destas informações, bem como questionar, refletir por diversos ângulos este conhecimento para não ser um simples multiplicador de um formador de opiniões.
Neste contexto, o professor escolar deve utilizar os mecanismos disponíveis da tecnologia para atualizar-se em sua vida pessoal e formação profissional, e consequentemente facilitar o seu trabalho e dar condições de seus alunos conhecerem esses elementos. Principalmente os alunos pertencentes às escolas públicas, pois uma vez que em seu meio de origem há poucas oportunidades e caso haja, não há uma orientação que possibilite ao questionamento, a reflexão, a criticidade ao saber encontrado, para que por fim, transforme em um novo saber adequando às suas necessidades.


Site de pesquisa
http:// wikipedia.org /historia da tecnologia. Em 31/08/08
http:// wikipedia.org /meios de comunicação. Em 31/08/08

Currículo desenvolvido na ação ( retrospectiva de uma reflexão do trabalho pedagógico)

Para muitos currículo se detém apenas a um rol de disciplinas de uma grade curricular de uma modalidade de ensino. No entanto, currículo tem uma abrangência bem maior, como afirmam Almeida e Prado, 2008: “... a concepção de currículo que almejamos desenvolver identificamos as características intrínsecas das tecnologias que devem ser exploradas em atividades pedagógicas com intenções e objetivos claramente especificados.” (grifo nosso)
Acredito que ao trabalharmos com projetos e quando sofrem modificações a partir de discussões, questionamentos com os alunos, e daí, é realizado uma reelaboração deste plano de aula, o currículo com certeza vai além de uma sucessão de conteúdos. A aprendizagem não ocorre de forma linear, mas sim de forma dinâmica, pois possibilita os alunos interagirem com o conhecimento e eles próprios construírem os seus saberes.
Ao analisar o meu trabalho, sei que tem vários itens a melhorar. Porém, tenho clareza que a intencionalidade e objetivos de minha prática pedagógica devem estar bem presentes. Aliás, tenho a prática de sempre especificar isto aos meus alunos, principalmente aos de 3º ou 4º anos, pois vejo que quando não é realizado fica sem contexto, “solto” para os alunos. Gosto também nestas turmas fazer uma avaliação, ou seja, os alunos expressarem sobre os resultados positivos e negativos do processo de aprendizagem, dando assim embasamento para mim ao próximo momento pedagógico.
Creio que quando o professor tem estes conceitos facilita seu trabalho e está aberto a mudanças. Com certeza, as mídias, as tecnologias serão sempre nossas aliadas. Nestes dois projetos desenvolvidos neste curso (Bairros de Maceió e Trânsito) sei que poderiam ter sido utilizadas outras estratégias, mas devido a fatores que já mencionados inclusive por outros colegas, não foi possível. Contudo, outros trabalhos surgirão e novas oportunidades também, e daí as intenções e objetivos no processo de aprendizagem serão melhores contempladas.

EXPERIÊNCIAS COM A INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS AO CURRÍCULO (Retrospectivas pedagógicas (2009) Professoras Eliziane e Marli)

O professor que tem a finalidade de tornar seus alunos mais questionadores e reflexivos possibilita de várias maneiras a interação deles com o saber. Isto é possível pelo questionamento ao apresentar o conteúdo com as TIC, as quais permitem inúmeras situações. Mesmo antes de conviver com as tecnologias tão de perto como agora por meio deste curso, buscávamos alternativas que conduzisse a produção do conhecimento do nosso alunado.
Como por exemplo, para propiciar o desenvolvimento de conceitos sobre cartografia foi trabalhado O projeto “Meu bairro, minha sala de aula e eu” para uma turma da 2ª série do Ensino Fundamental. Por meio dele foi abordado disciplinas como: Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências e Arte. Por sua vez, com a Parte Diversificada pode-se desenvolver tema relacionado com a Cidadania, o Meio Ambiente e a Sociedade e Cultura.
A intenção deste projeto é conduzir a construção da leitura e interpretação cartográfica. Este processo tem início a partir do meio em que se encontram os alunos, no caso seu bairro e a sala de aula, e daí levá-los a perceber que estão inseridos em um contexto geográfico que pode chega ao universo ou infinito. Ao término deste trabalho há a possibilidade dos alunos perceberem uma visão de distanciamento do micro para o macro e bem como, o seu inverso, do macro para o micro. Além disso, identificar a ocupação do homem de forma planejada e a desordenada nem nosso território e as suas conseqüência a curto e em longo prazo.
Com o intuito de alcançar estes objetivos foram realizados duas aulas de campo nos bairros que ladeiam a escola e bem como, os alunos residem neles, produziram a sua leitura por meio desenhos e escrita descrevendo os pontos positivos e negativos dos locais visitados. Com as produções dos cartazes foi feito um mural. Para dar um suporte aos alunos foi trabalhado paralelamente poema s com o mesmo eixo temático permitindo que os alunos fizessem coletivamente suas versões segundo a sua realidade. Também foi desenvolvido estudo com as formas geométricas planas e os sólidos geométricos possibilitando um caminho de perceber o abstrato por meio do concreto.
A partir desta base os alunos construíram uma planta baixa (croqui) da sala de aula com uma legenda e por fim, a produção de uma maquete da sala de aula com sucata. Após esta maquete eles demarcaram os seus limites com um marcador permanente sobre um plástico filme. Dando assim margem dos alunos perceberem noções básicas de cartografia.
Para um período de um bimestre os conteúdos desenvolvidos são: Bairro planejado e não planejado: suas características, pontos positivos e negativos; Ocupação das encostas: o que leva o seu surgimento e suas conseqüências para o homem e o meio ambiente; Tipos de ruas e sua acessibilidade para veículos e pedestres; Saneamento básico e seus benefícios; O lixo; A cartografia e a história do homem; As representações cartográficas básicas; O planisfério e o globo terrestre: suas diferenças e utilidades; A importância do uso de mapas em setores de nossa sociedade; A utilidade da legenda, croqui, planta baixa e maquete: visualização do real e A percepção do homem em sua posição como ponto de partida em relação ao mundo: o micro para o macro e vice-verso.
As mídias e tecnologias empregadas são: textos informativos, mapas antigos e atuais alguns adquiridos nos livros didáticos ou pela Internet, material este que às vezes eram adaptados para atender às necessidades dos alunos; revistas; globo terrestre; planisfério; livro Zoom de Istvan Banyai e Data Show e um aplicativo do Google.
Ao concluir este processo de aprendizagem percebi tanto uma mobilização dos alunos em participar em todas as etapas do projeto de forma prazerosa como a compreensão dos conteúdos, e o que é melhor o avanço da aprendizagem em assimilarem os conceitos básicos cartográficos, os quais possibilitam a leitura e o entendimento de alguns elementos da Cartografia que podem ser encontrados em seu cotidiano.
Outra atividade que o grupo participou foi o Projeto “XÔ Dengue”. Neste projeto toda a escola participou, desde os alunos até o pessoal de apoio, inclusive a comunidade local.
O projeto teve enfoque à disciplina de Ciências, mas foi também foi correlacionado a outras disciplinas, tais como Geografia, História, Matemática, Língua Portuguesa e Arte.
Foram realizadas pesquisas sobre o tema “Dengue” através da internet, jornais, revistas, folhetos explicativos e cartazes distribuídos nos postos de saúde na comunidade e bem como, entrevistas com as famílias, comunidade escolar e local para verificar o grau de informação sobre a doença (causas, cuidados de prevenção, sintomas, tratamentos, etc.). A pós este levantamento de dados houve a exibição de vídeos informativos sobre a Dengue.
Como pesquisa de campo, fomos às ruas vizinhas da escola, para verificar como se a comunidade estava consciente de suas atitudes diante do problema (as crianças viram grandes acumulo de lixo e recipientes que propiciavam a reprodução dos mosquitos). Com sacos e luvas nas mãos fizemos grande coleta de lixo que facilitava a produção do mosquito (tampas de garrafas, copos descartáveis, embalagens plásticas, etc.).
Realizamos uma exposição na escola, de parte do lixo que encontramos, bem como poesias e textos construídos de forma individual e coletiva pelos alunos, a fim de conscientizar a comunidade escolar. Para reforçar este objetivo, houve uma palestra por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, a produção de cartazes informativos, que foram fixados nas dependências da escola e a realização de uma peça teatral sobre o tema.
 A culminância foi a realização de um desfile pelas ruas da comunidade enfocando o tema ao mesmo tempo em que mostrava a preocupação da comunidade escolar.
O Projeto permitiu ao aluno pesquisar, produzir novas descobertas, interagir com o grupo, tomar decisões, levantar dúvidas, estabelecer relações com o cotidiano, além do mais o Projeto promoveu uma correlação entre as áreas curriculares trabalhando de forma integrada, criando formas de aprendizagem mais concreta.
O trabalho com projeto está muito em voga. Poucas são as escolas e professores que ainda não experimentou esta possibilidade de aprendizagem, sentimos, porém, que em muitas experiências falta um engajamento de todos para que seja alcançado o objetivo maior – a contextualização do tema. Outra questão é trabalhar projetos com temas repetitivos e sem muita apropriação por parte dos alunos, ou seja, as pesquisas realizadas são quase que trazidas pelos professores, pois muitos alunos não têm condição e parte das escolas não tem acervo para pesquisas.
Não resta duvida que o trabalho com projeto facilita a interdisciplinaridade, favorecendo a integração, pois o professor propicia as mediações necessárias para o aluno que está aprendendo a partir das relações criadas nas diversas situações. E esta competência que todos nós como professores desejamos aos nossos alunos, que eles percebam que o conhecimento em suas várias áreas não está isolado, e é como uma teia, ou seja, está interligado em seus diversos saberes possibilitando uma maior compreensão da nossa realidade, de nossa visão de mundo.


Projeto Pedagógico Trânsito

Autoras:
Eliziane Terencio e Marli Santana

Local:
Escola Estadual Rosalvo Ribeiro (Extensão Santo Antonio)

Modalidade/ Nível de ensino Fundamental – 4º e 5º anos (ano letivo 2009)
Componentes curriculares: História, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática e Sociedade e Cultura.

  • Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com essa aula.
Os alunos perceberão que o trânsito nas vias públicas não se detém apenas aos veículos, mas eles próprios como pedestres. Todos envolvidos têm os direitos e deveres ao compartilharem o mesmo espaço geográfico. Além disso, os alunos convivem com o trânsito no seu cotidiano, principalmente ao ir à escola, seja caminhando ou utilizando o ônibus coletivo.

  • Duração das atividades

Aproximadamente 7 aulas

  • Conhecimentos prévios

         O professor de conversa informal vai tentar captar os conhecimentos prévios dos alunos, no que diz respeito ao trânsito local, fazendo-os reconhecer os agentes da circulação (pedestres, ciclistas, motoristas, motociclistas e passageiros), a responsabilidade de cada um na divisão e na organização do espaço viário, reconhecer os meios de transportes e locomoção suas diferenças e semelhanças, perceber, conhecer e interpretar as sinalizações básicas.
Com base nas respostas dadas pelos alunos, os professores fazem uma breve explanação acerca dos temas e pede para que eles ao retornar para casa concentrem-se em observar os sinais de trânsito, como as pessoas se comportam nas vias públicas e nos coletivos, como os veículos transitam pelas ruas do bairro, e façam anotações de suas percepções.

Observação: Durante a apresentação do projeto os alunos comentaram sobre o trânsito aéreo e seus acidentes segundo reportagens divulgados pela mídia. Neste contexto resolvemos acrescentar o trânsito aéreo e o marítimo.

  • Estratégias e Recursos da Aula


*      Conversa informal,
*      Realização de pesquisa de campo;
*      Pesquisas em livros, revistas, jornais e internet;
*      Confecção de painéis;
*      Exibição de filme da TV Escola “De onde vem o avião?”;
*      Leitura e interpretação de gráficos e planilhas;
*      Entrevistas com parentes
*      Estudo sobre regras de circulação e conduta em cada papel assumido na circulação com maior foco para os papeis que a criança e o adolescente podem assumir;
*      Atividade de desenho, pintura e produção de texto no laboratório de informática.
*      Dramatização de uma infração das leis de trânsito terrestre.

  • Motivação

Trabalhar os direitos e deveres que as crianças têm no trânsito, fazendo com que os alunos percebam e analisem os problemas, situações e acontecimentos dentro de um contexto (bairro de Bebedouro), e bem como, a necessidade de seguir regras estabelecidas em toda locomoção seja terrestre, marítima ou aérea, utilizando, para isso, os acontecimentos presentes nas disciplinas e sua experiência sócio-cultural. (Faria, 2008)

·          Atividade 1

Realização de debates e discussões em classe enfocando assuntos diversos, como por exemplo: desobediência à sinalização, organização em sala de aula, no pátio, na calçada, na rua, no ônibus, comportamento no interior dos veículos, comportamento das pessoas como motorista, ciclista, motociclista e pedestre; e consciência da realidade, da mudança da política social e consciência cidadã.

  • Atividade 2

Realização de pesquisa individual (3 ou 4 familiares ou vizinhos de cada aluno) por meio das seguintes perguntas: Quantas viagens você faz por dia? Qual a sua formação de Locomoção, Quais são os motivos de suas viagens?
Com os dados realizar tabulação e gráficos e planilhas, apontando o número total de viagens, motivos, calcularem despesa com passagens diária, semanal e mês entre outros conteúdos matemáticos que possam ser possibilitados pelos dados coletados.


  • Atividade 3

Realização de pesquisa em grupo na internet sinais de transito e as possíveis conseqüências da não obediência a esses sinais.

  • Atividade 4

Produção de texto individual ou coletivo sobre os problemas de trânsito no bairro de Bebedouro. No laboratório de informática, os alunos usarão o Write.

  • Atividade 5

Pesquisa em jornais locais de acidentes de trânsito, para construção de painel.

  • Atividade 6

Exibição de filme sobre o tema, para posterior debate com finalidade de trabalhar o grau interpretativo do aluno, bem como sua oralidade.

  • Atividade 7

Realização de dramatização de uma situação comum de violação das leis de trânsito terrestre (trabalho em grupo). Socialização com outras turmas da escola.


  • Recursos Materiais

*      Papel A-4
*      Cartolinas
*      Tesouras, cola branca, fita adesiva
*      Pincel atômico
*      Lápis de cor
*      Caneta Hidrocor
*      Revistas e jornais

  • Material de apoio

*      Computador
*      Aparelho de DVD
*      TV
*      Filme de DVD
*      Maquina fotográfica


  • Avaliação

A avaliação deverá acontecer de forma contínua através da participação e do desenvolvimento das atividades planejadas. Será observado o desempenho dos alunos quanto à oralidade, a criatividade, a iniciativa em produzir seus trabalhos quer individual ou em grupo.

Portal do Professor: Compartilhando experiências sobre currículo. Projetos e tecnologias (retrospectiva)

Durante este curso visitei o Portal do Professor e fiz a minha inscrição como usuária deste ambiente. Hoje retornei com a finalidade de realizar esta atividade. Com a opção Interação e Colaboração entrei nos Chats segundo a minha área de atuação como professora, mas as salas estavam vazias. Em seguida, visitei o Blog que contemplava o componente curricular Arte. Acessei Arte/educação: conversa mineira. Foi bem interessante, pois, foi possível visualizar algumas atividades desenvolvidas em outras partes do país de alguns colegas de trabalho.
Em seguida foi ao Fórum “Como utilizar as tecnologias simples, gratuitas e interessantes na escola” monitorado pelo Profº José Manuel Moran. Assisti o seu vídeo onde explanou de forma clara e objetiva os mecanismos tecnológicos disponíveis que o professor deve integrar em sua aula. Foi bem apropriada a sua fala quando diz: “Não devemos pensar que cumprimos o nosso papel apenas com a voz e a escrita. A nossa aula vai bem além da ala de aula. Este espaço deve ser para as dúvidas, os questionamentos, da elaboração de projetos, entre outros.”
Ele também destacou que a internet antes tinha apenas um papel de exposição em um Portal sobre determinado assunto, onde o usuário era apenas o espectador. Hoje vivemos no momento da Web 2.0 que tem a função colaborativa, ou seja, onde o usuário interage, complementa o que está exposto na Internet. Como exemplos temos os Blogs, as Wikis (documento colaborativo), programas digitais, entre outros. Assim o usuário passa de espectador para produtor. O Profº Moran termina sua fala por pedir que os professores relatem suas experiências e se colocou a disposição para qualquer dúvida. Percebi que a interação neste Fórum estava muita boa.
O próximo Fórum foi sobre “Ações educativas no ensino da Arte,” monitorado pela Profª. Beloní Cacique Braga. Comecei assistindo ao vídeo tendo inicialmente a fala da Profª. Beloní e em seguida de outros professores que atuam nesta área do conhecimento. Gostei muito quando ela falou de inserirmos um ambiente estético em toda escola e não apenas em determinado momento da aula de Arte. As participações neste Fórum bem interessantes e muitos como eu estão insatisfeitos com o tipo de abordagem realizada com a Arte nas escolas. Cheguei também a fazer a minha contribuição, mas não sei o que houve no momento seguinte não visualizei o meu relato. Depois irei retornar a este Fórum, pois gostei da temática e a abertura demonstrada a outros profissionais.
Ao concluir esta experiência, percebi que foi bem rico para mim quanto professora das séries inicias. Com certeza abriu a minha mente nas possibilidades de trabalho. Creio que professores que trabalham nesta modalidade de ensino deve ter sempre uma “carta na manga” principalmente os que estão na rede pública, que é o meu caso. O Portal do Professor será sempre esta “carta” como uma nova alternativa para suporte pedagógico.


Conceito de currículo e o processo de integração de tecnologias ao currículo (retrospectiva)


O currículo vai bem além de uma grade de conteúdos de áreas específicas do conhecimento já pré-elaborado por técnicos pedagógicos para determinado curso. O currículo é também todo o processo de aprendizagem que é planejado em uma escola primeiramente com o corpo docente juntamente com o suporte pedagógico, e daí o professor irá perceber quais as necessidades de seus alunos e irá planejar situações pedagógicas, as quais que induzam a reflexão, o questionamento dos seus conhecimentos prévios ou senso comum, induzindo-os a investigar o conhecimento científico e em conseqüência produzir o seu próprio saber.
                 Para alcançar tais objetivos as tecnologias dão poderosas contribuições. Pois assim como somos seres distintos com suas características próprias e limitações, as tecnologias têm em dados momentos têm seus prós e contras. Principalmente se o educador deseja alcançar o avanço da aprendizagem de seus alunos que têm necessidades diversas naquela mesma atividade pedagógica. Neste caso, ele deve possibilitar mecanismos tecnológicos diferenciados como filmes, imagens, programas de informáticas, entre outros, os quais conduzam uma mediação entre os alunos e o conhecimento, e assim há uma ressignificação e a produção de conceitos, lançando uma base para a compreensão do conhecimento científico. É como afirma Giselle Bieguelman as tecnologias permitem abordar o conhecimento não de forma linear e progressiva, como um livro, mas dinâmico induzindo uma pluralidade de sentidos.
Para haver uma integração das tecnologias ao desenvolvimento do currículo o melhor instrumento de trabalho é o de projeto pedagógico. Pois, ele induz os educadores a refletir a sua prática de ontem e de hoje, com seus pontos positivos e negativos, com uma perspectiva para o amanhã no seu fazer pedagógico. Diante deste contexto, há uma formação de uma teia entre currículo e a tecnologia. Como o projeto permite uma flexibilidade, há uma interação com os alunos de uma troca de experiências e conhecimentos. Conhecimentos estes que na área da tecnologia muitas vezes os alunos estão à frente do professor. Este é um momento rico, pois, demonstra que o professor não é o detentor do saber, mas que ele é aprendiz como o é também o aluno. Há uma reciclagem do conhecimento, com afirma Giselle Bieguelman, pois, com a realização de projeto criativo contempla as intersecções entre as linguagens. Entretanto, a autora adverte:
Não se trata do famoso “veja o filme, leia o livro e assista ao making of”, mas, sim, de um projeto “entre” mídias, cada qual com suas especificidades. ... O que se coloca no centro ... são os cruzamentos de linguagem que se fazem pela integração e desintegração de diferentes suportes e interfaces de leitura ... que trata justamente das relações entre suportes de escrita e contextos de leitura.

Para desenvolver projetos no âmbito do currículo é essencial que o professor compreenda quais são os seus objetivos, ou seja, o que deseja alcançar para o avanço da aprendizagem dos alunos, a partir do princípio que eles sejam atores desse processo não meros espectadores. Para tal, é necessário que o projeto estabeleça estratégias pedagógicas contextualizadas que as quais abram espaço para a compreensão e a reconstrução do conhecimento. As TIC por si mesmas não conduzem o projeto, mas, sim à intencionalidade do professor ao articular várias áreas do saber, visando a construção do conhecimento de seus alunos para que eles compreenderem a sua realidade e resolver os seus problemas sendo consequentemente sujeitos críticos que atuem, isto é, tenham uma autoria própria em seu meio se o achar necessário. Nestes aspectos Gisele destaca:
Se a autoria muda, é porque um conjunto de práticas culturais que configuravam a noção e a experiência da subjetividade estão sendo reprocessadas em um mundo globalizado, onde a soberania do autor, ao mesmo tempo em que se dilui, tem sua existência multiplicada como telepresença e conjunto de identidades compartilhadas. (grifo nosso)


Nós como professores devemos sempre buscar mecanismos pedagógicos para que os nossos alunos desenvolvam esta autoria ao levá-los a perceber a subjetividade dos que ocorre nesta globalização, e daí relacionar saberes distintos e os tornem atores de sua história e não meros espectadores.

A tecnologia é uma estratégia (retrospectiva)

Bento Duarte da Silva destaca a abrangência das tecnologias em toda a sociedade e não diferentemente na escola, permitindo novas situações de aprendizagens tendo o aluno como centro desse processo. No entanto, é necessário dos professores uma reformulação constante destes mecanismos tecnológicos por esta sempre se aperfeiçoando para assim compreender em que momento deve ser integrado nas atividades pedagógicas. Se não houver esta disposição da parte do professor à escola irá ficar alheia a esta constante mudança. Como já estudado neste curso, segundo Pedro Demo, a mudança deve começar pelo professor.
Isto faz sentido, quando o educador busca uma mudança em sua prática pedagógica. Este autor afirma: Essa mudança iniciaria através de uma organização orientada pelos princípios da pedagogia diferenciada e dos modelos construtivistas da aprendizagem cujos objetivos assumissem que o indivíduo é o centro condutor das ações e atividades realizadas na escola.”. Somando a este conceito, Bento Duarte diz que a escola deve propiciar momentos pedagógicos onde há a reflexão da parte do aluno ao interagir com o conhecimento, possibilitando-o a organizar, associar, relacionar, discutir, debater, interagir informações, entre outras habilidades.
Par isto, a formação do professor é essencial, pois, ele deve entender como ocorre a aprendizagem e que meios devem ser seguidos para que ela se desenvolva de fato. Neste contexto, as TIC vêm a ser ótimas alternativas, desde que o professor atue em três dimensões: a tecnológica, a expressiva e a pedagógica. Dessa forma, a escola está desenvolvendo uma aprendizagem significativa, pois ela vê o aluno não apenas como um sujeito pensante, mas como um indivíduo com todas as necessidades de um ser humano.
É interessante a abordagem deste autor para a necessidade da mudança da filosofia da escola. Neste sentido, acredito que a escola deve refletir que tipo de homem deseja e para que tipo de sociedade ela queira formar e dessa forma, rever seu papel de atuação neste contexto. Esta reflexão deve estar sempre presente em nosso planejamento, nas discussões pedagógicas com o corpo docente e/ou núcleo gestor da(s) escola(s) em que trabalhamos para não sermos simples reprodutores do sistema.
Creio que se não tivermos esta consciência política os aplicativos tecnológicos que aprendemos durante este curso não terão os resultados desejados. Pois, nós como educadores temos como meta tornar nossos alunos em sujeitos pensantes, críticos e que relacionem com subjetividade o que acontece em seu meio. E a partir desse pressuposto eles possam transformar se necessários o seu contexto viabilizando os mecanismos tecnológicos, estatais, profissionais, entre outros, disponíveis na sociedade.

IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS (retrospectiva de uma atividade reflexiva em grupo)

Curso: Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC
Tutora: Riva Magna Alécio Mota
Unidade IV
Atividade- 4.1
Cursistas: Adriana Santos, Alba Rocha, Alessandra Aparecida, Danyelle, Edleuza Leite, Eliziane Terencio, Ereny, Flávia Campelo, Genalva Eloi, Heloisa Lima, Khatleen, Maria Rosilene, Marli Santana, Mônica Polito, Ricardo Lisboa, Rosemilda, Sebastiana Maria, Sidclay de Menezes, Simone Calheiros e Valdir Albuquerque.



IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS
QUESTIONAMENTO

Será que usando computadores e Internet nas atividades curriculares faremos as mesmas coisas que fazíamos antes? 
Será que haverá mudanças em nossa atuação docente?
O que mudará na aprendizagem do aluno?
Que novos aspectos vão requerer maior atenção de nossa parte? 
Poderemos criar novas estratégias que potencializem a aprendizagem de nossos alunos?
                            
                  
 “Se os seus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe, pois eles estão no lugar certo. Agora construa os alicerces.” (Shaskespeare)
                            
                                                                             
O professor que deseja alcançar a sua meta como educador, isto é, ser mediador do aluno e o seu processo de aprendizagem, estará sempre  “construindo seus alicerces”, procurando mecanismos diferenciados diante do seu contexto. Com certeza haverá mudanças significativas, pois estamos buscando aprimorar nossos conhecimentos, à medida que em cada formação nos permite um suporte para melhorar o processo ensino/aprendizagem. Não há mais lugar para professor de educação bancária. É preciso que o professor se lance no mundo das mídias e, principalmente no mundo virtual no quais seus alunos navegam diariamente. Como diz Pedro Demo ao ser entrevistado, "Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental."
Hoje a escola tem a necessidade de acompanhar toda essa evolução inserindo no processo de ensino e aprendizagem, buscando a interação do aluno nesse contexto. Com o advento do computador e da Internet, o professor tem uma ferramenta de suma importância para interagir com o mundo. A partir do acesso que se tem a essas ferramentas, já não somos as mesmas pessoas, quiçá os mesmos educadores. Os conteúdos curriculares até podem ser os mesmos, porém, as atividades a serem propostas se apresentarão de forma mais contextualizadas e prazerosas. A Internet abre um leque enorme de possibilidade que enriquece o nosso fazer pedagógico e incita o alunado às novas buscas. Partindo assim, da qualidade do material enquanto opção para construção dos novos saberes. Com certeza, novas estratégias irão surgindo, à medida que empenhamos a buscar, perguntar, questionar, refletir em pesquisa na internet ou com colegas de trabalho.
  As mudanças na atuação do professor surgem não como uma opção, mas como uma necessidade, para atingir o seu objetivo: mediar à aprendizagem do aluno. Atualmente, precisamos adaptar a escola para as novas necessidades dos educandos. Conforme Pedro Demo, "nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola." Vemos que essa escola precisa acompanhar a evolução tecnológica, pois o aluno já está fora dela, buscando esta inclusão que é fundamental para seu aprendizado.
Por estarmos inseridos em um mundo globalizado, hoje o aluno precisa ser preparado para conviver nesta sociedade que exige novas habilidades e competências. Para isto, exige-se que desenvolva um sujeito que esteja apto a pensar, criar e propor soluções para resoluções de problemas, considerando sempre esses avanços sociais, entre eles a utilização dos recursos tecnológicos.
Entretanto, um aspecto que merece maior atenção é a formação dos professores, pois são eles que estão em contato com os alunos e todas essas mídias e tecnologias que estão presentes no nosso cotidiano. Pedro Demo afirma:
Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor - ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.

                             
Assim a atuação do professor é de fundamental importância para o desenvolvimento das atividades, que são novos paradigmas na escola. Muitos de nossos alunos estão em contato diariamente com as tecnologias e conseguem dominar muitas coisas que nós ainda não conseguimos. Isso exige de nós uma preparação adequada para realizarmos nosso trabalho de forma eficiente. Além disso, o professor deve estar preparado para identificar o que o aluno precisa e apresentar a dimensão pedagógica das TIC  e desenvolver projetos de inclusão que permitam articulação na comunidade escolar e que propicie uma aprendizagem significativa. Para alcançar tal objetivo é necessário que a escola se organize ao trabalhar suas comunidades, pois a mesma não se faz apenas com professores e alunos e sim com o conjunto  todo articulado  de aluno, professor, gestão e família.
Outro aspecto que requer nossa atenção é o direcionamento dos conteúdos e atividades, devemos fazê-lo de forma que os alunos não desviem sua atenção para conteúdos que não envolvam os objetivos da aula. Devemos destacar a importância da realização de nossas pesquisas e nosso planejamento envolvendo as mídias e tecnologias nas nossas aulas de forma que tornem os conteúdos mais concretos, claros e prazerosos para nossos alunos, contribuindo desde modo com a construção do conhecimento.
O professor de hoje precisa ser um empreendedor descobrindo novos caminhos, incrementando suas aulas, e, permitir que o aluno elabore seus conhecimentos. Como afirma ainda Pedro Demo:
É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável. (...) Assim como é impossível imaginar que exista uma língua  única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades  não  se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz  a internet por  exemplo).  

É com essa visão que o professor deve desenvolver suas ações educativas buscando proporcionar ao aluno atividades que façam interagir com essa sociedade em que ele se encontra inserido. Nesse sentido, a utilização da internet mudará o comportamento do   aluno, aproximando-o mais das atividades das escolas, já que estas são do interesse dos mesmos.
É preciso ter consciência inovadora devido à necessidade de um aprendizado diferenciado, visto que as crianças têm acesso à escola e consequentemente também deveriam ter às tecnologias.  Muitas destas crianças têm acesso a estes instrumentos e consequentemente têm ao seu favor uma troca de informações, saberes, enquanto outras que estão fora dessa realidade, ficando assim a margem. Diante disso, chama-se a atenção ao professor sobre os avanços tecnológicos e sua mediação ao atender as diferentes necessidades de seu alunado, o qual é sempre heterogêneo.
Para atender tal público, várias são as possibilidades: apresentações de vídeos, imagens, sons, acesso interativos, contribuições on lines, entre outros. Uma das estratégias que acreditamos enriquecer o trabalho educacional é por exemplo, a utilização da Wikcionário. Como vivemos em um país rico em diversidade cultural, poderíamos utilizar este recurso (Wikcionário) como ferramenta para conduzir o aluno a perceber esta variedade cultural, pois o mesmo elemento tem denominações diferentes e com algumas semelhanças em suas características a depender da região em que está inserido. Pode assim possibilitar o aluno compreender que por um lado a uma variação cultural e por outro lado que o conhecimento não está acabado, podendo assim está sujeito à complementação de acordo com sua percepção.
Seguindo estes pontos de vista, concordamos com as palavras de Pedro Demo:
Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor.

Diante este contexto, concluímos que os primeiros passos desta mudança foram dados. Pois, ao buscarmos caminhos e trilhas diferentes e assim possibilitar olhar por outros ângulos nossa prática pedagógica, não nos contentaremos em permanecer nos mesmos moldes da nossa formação inicial. Além disso, acreditamos por um lado, na nossa disposição de aprender algo novo e de ter a humildade de persistir em compreender novos saberes e pô-los em prática mesmo em frente de inúmeras dificuldades. E por outro lado, acreditamos também nas competências que podem ser desenvolvidas em nossos alunos, desde que os mesmos estejam inseridos em situações pedagógicas favoráveis e consequentemente estas novas habilidades aprendidas estejam presentes nos seus cotidianos e possibilitando-os para novas aprendizagens.

 

Relato de projeto de trabalho Trânsito (retrospectiva)

O projeto de trabalho Trânsito foi elaborado na Escola Estadual Rosalvo Ribeiro, extensão Santo Antônio e para o público o 4º ano A (Profª Eliziane) e o 5º ano A, em 2009,  a partir de uma realidade nos nossos alunos ao se locomoverem de suas residências para a escola. Além disso, percebemos a educação no trânsito deve-se ser destacado para a geração mais novo com o intuito de todos perceberem as regras de trânsito foram estabelecidas para todos, tanto para os condutores de veículos quanto aos pedestres.
Elaboramos um único projeto para ser aplicados nas duas turmas. No entanto, no momento de o apresentarmos as nossas respectivas turmas ele tomou um viés diferente. E nós quanto educadoras percebemos que era este um rumo natural a ser tomado, em vista que o projeto é flexível à medida que atenda as expectativas de aprendizagem dos alunos e não fuja do tema central.
Isto aconteceu na discussão sobre a importância das regras de trânsito ao viver em sociedade. Um dos alunos falou sobre o trânsito aéreo e seus prejuízos humanos e materiais divulgados na mídia e citaram vários exemplos. Diante deste contexto, percebi trazer a tona este assunto, bem como o trânsito marítimo. Daí em diante as buscas na Internet teriam mais elementos a serem pesquisados. No caso deles esta investigação seria realizada na Lan House, uma vez que a escola não dispõe ainda Internet no seu laboratório de informática. Em vista do curto espaço de tempo para a execução deste trabalho, em dois dias os alunos trouxeram estas informações.
Quando se perguntou que sugestão a classe daria para uma melhor aprendizagem, uma aluna sugeriu a visita ao aeroporto. Entretanto, devido às limitações de recursos financeiros e o fator tempo que era o mínimo, chegou-se a um consenso que a idéia era ótima, mas inviável no momento.
Decidimos ampliar nossos conhecimentos pela observação mais detida do percurso da casa para a escola no que se refere à sinalização para os transeuntes e os veículos, incluindo o trem muito utilizado no bairro de Bebedouro. Esta observação também se estendia ao comportamento das pessoas nos coletivos públicos, ou seja, dos passageiros, motoristas e cobradores. Isto sendo registrado e socializado na sala de aula. Somado a isto, como mecanismo de trabalho concordamos em realizarmos entrevistas a pessoas do bairro, a produção de painel e dramatização ou como uma aluna disse: “Uma simulação do que ocorre no trânsito terrestre devido ao desrespeito as suas leis”.
Tanto este projeto Trânsito quanto o anterior Bairros de Maceió percebi um envolvimento não apenas dos alunos mais também da família. Uma mãe ao ver o painel exposto no corredor da escola disse: “Professora, eu não sabia que tinha que trazer alguma coisa para este trabalho. Meu filho, não me disse nada!” Duas mães enviaram-me bilhete que não foi possível realizar a pesquisa pela Internet neste dia, mas no dia seguinte o filho levaria. Outro aspecto interessante é a observação dos familiares do painel no corredor da escola. Só em eles pararem para ver as produções, é uma valorização do trabalho de todos os envolvidos e possibilitando a adesão da família em momentos posteriores.
Diante deste contexto, percebi que o trabalho foi satisfatório apesar das limitações devido a vários fatores, os quais espero que com o tempo possam ser sanados. Porém, acredito que no que depender de nós educadoras e dos nossos alunos continuaremos buscando novos rumos ou alternativas que conduzam a uma aprendizagem prazerosa e significativa.